Somente neste ano, a Coreia do Norte gastou até 650 milhões de dólares em testes com armas, quantia que poderia ter sido usada para comprar vacinas contra a Covid-19 para a população do país, de acordo com estudo sul-coreano publicado nesta quinta-feira (9).
Segundo relatório do Instituto Coreano de Análises de Defesa (KIDA), o regime de Kim Jong Un gastou entre 400 e 650 milhões de dólares no desenvolvimento de 33 mísseis que foram disparados em 2022.
O documento do centro de pesquisas vinculado ao governo sul-coreano destaca que o valor poderia "permitir contra-atacar a crise alimentar deste ano e fornecer uma dose única da vacina contra a Covid-19 a todos os norte-coreanos".
Pyongyang realizou 18 testes de armas desde o início deste ano, atingindo número recorde. Apesar do surto de casos de Covid que atingiu o país em maio, as operações continuaram.
A imprensa estatal afirma que a doença na Coreia do Norte está sob controle, no entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, na última semana, que a situação no local está "piorando" .
"Como exige a ativação do dispositivo de combate à epidemia de máxima urgência, pedimos a todos os funcionários que sigam rigorosamente as regras contra a epidemia", afirmou o chefe de saúde em Pyongyang, Kim Hye Kyong, à agência de notícias AFP nesta quinta.
A Coreia do Norte rejeitou diversas propostas da OMS para fornecer imunizantes para a população e também ignorou ofertas de ajuda médica da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
Além da pandemia, o país também enfrenta uma escassez de alimentos, o que se agravou com o bloqueio autoimposto para evitar a Covid e com as sanções internacionais contra o programa de armas.
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