Um relatório da polícia espanhola trouxe detalhes sobre a morte da ex-princesa do Catar, Kasia Gallanio , de 45 anos. A ex-mulher de Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani, tio do emir catari, foi encontrada morta no dia 29 de maio em sua casa em Marbella, na Espanha .
De acordo com o documento, os agentes encontraram garrafas vazias de vodca, remédios para tratar de alcoolismo e antidepressivos no banheiro da ex-princesa. O relatório foi divulgado pelo jornal "El Mundo".
O corpo de Kasia foi localizado depois que uma de suas três filhas, uma menor de idade que mora em Paris, alertou à polícia espanhola de que não conseguia entrar em contato com sua mãe há dias. Conforme consta no relatório, os policiais encontraram a casa da ex-princesa com a porta trancada e foi preciso arrombar.
Dentro da luxuosa cobertura em Playa del Duque, onde Kasia morava, policiais e bombeiros encontraram sangue e restos mortais nas escadas e nas plantas. Segundo o relatório produzido pelo Instituto de Medicina Legal de Málaga, Kasia também apresentava hematomas nos ombros, cuja causa ainda é desconhecida.
Uma autópsia preliminar apontou para uma parada cardiorrespiratória como causa da morte, mas as autoridades locais aguardam os resultados do estudo toxicológico para chegar a uma conclusão definitiva sobre a causa da morte.
O corpo da ex-princesa do Catar só foi encontrado três dias após sua morte. Ela estava acompanhada de seu animal de estimação, um cão da Pomerânia que permaneceu na casa durante todo esse tempo.
Batalha judicial
A morte de Kasia aconteceu em meio a uma longa batalha judicial, que durou 10 anos, contra o ex-marido, Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani, tio do emir do Catar. Nas redes sociais, ela fazia posts com críticas ao príncipe, a quem acusava de ser violento, ciumento e de ter abusado de uma das três filhas do casal.
Ela denunciou o ex-marido por violência sexual contra a filha mais velha, que teria sofrido abusos entre os 9 e os 15 anos. Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani, que tem 73 anos atualmente, nega as acusações, e viu o tribunal parisiense rejeitar as queixas de Kasia.
Natural de Los Angeles, Kasia disputava na Justiça a custódia das filhas, “em um contexto de acusações de cunho sexual incestuoso”, segundo o jornal francês Le Parisien, que aponta que o sistema de justiça da França havia recentemente indeferido seus pedidos enquanto aguardava um teste psicológico pericial.
No início deste ano, ela havia compartilhado uma reportagem na qual as filhas deram um depoimento ao Le Parisien, elogiando a coragem delas de falarem sobre o caso.
"Estou tão orgulhosa das minhas meninas por terem a coragem de falar diretamente com a imprensa. E serem corajosas para inspirar crianças que estão na mesma situação", celebrou.
Ainda na sua conta no Instagram, em que publicava com frequência, ela fazia uma série de postagens comemorando o apoio que recebia nas disputas que tinha contra Al-Thani, a quem acusava de não pagar "um centavo de pensão alimentícia há mais de um ano para ajudar a sustentar e criar nossas filhas".
"Não importa o quão bravo, chateado, ciumento ou rancoroso seja o pai das minhas filhas. Estou fazendo o que posso para prover, proteger, amar, criar, alimentar e educar as meninas como ninguém mais fará. Não sou perfeita, mas tento o meu melhor. As crianças NUNCA devem ser usadas como vítimas ou peões quando os pais não se dão bem", desabafou.
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