Após os Estados Unidos registrarem 36 mortes em ataques a tiro durante um único mês, incluindo 19 crianças e duas professoras assassinadas em uma escola no Texas, deputados americanos aprovaram, nesta última quarta-feira (8), uma legislação para banir a venda de armas semiautomáticas para menores de 21 anos.
A Câmara, onde os democratas têm a maioria, aprovou a proposta por 223 a 204, seguindo majoritariamente as linhas partidárias. Apenas cinco republicanos não votaram contra a medida, que também inclui um veto à venda de cartuchos de alta capacidade.
A medida agora vai seguir para o Senado, mas deverá ser barrada, diante da grande polarização sobre o controle da comercialização de armas no país. Negociadores bipartidários tentam chegar a um acordo sobre medidas ainda mais modestas, mas que tenham alguma probabilidade de serem aprovadas. No formato atual, a rejeição parece certa: cada partido tem 50 senadores, apesar dos democratas terem o voto de minerva em caso de empate, que cabe à vice-presidente Kamala Harris.
O projeto, no entanto, precisaria de 60 votos favoráveis para vencer a cláusula de obstrução do Senado. O voto de quarta na Câmara veio apenas 15 dias após o massacre escolar em Uvalde, Texas, realizado por um homem de 18 anos com armas compradas legalmente apenas dias antes.
A divisão sobre o tema não é inédita, já que várias outras tentativas democratas de aumentar o controle sobre os armamentos foram barradas pelo Partido Republicano, como a proposta apoiada pelo então presidente Barack Obama há uma década, que não venceu a obstrução.
O projeto foi apresentado nos meses seguintes ao massacre de Sandy Hook, em 2013, quando 20 crianças foram mortas em uma escola em Connecticut.
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