O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso na noite desta quinta-feira (2) e cobrou ações do Congresso para restringir o acesso a armas de fogo no país.
O pronunciamento chega na esteira do massacre que deixou 21 mortos - 19 crianças e duas professoras - em uma escola primária de Uvalde, no Texas, crime cometido por um jovem, Salvador Ramos, que comprara dois fuzis legalmente ao completar 18 anos de idade.
Depois disso, outros tiroteios foram registrados no país, incluindo um em um hospital e outro em um cemitério. "Agora chega. Depois de Columbine, Sandy Hook, Orlando e Las Vegas, nada foi feito. Desta vez precisamos agir", declarou Biden, acrescentando que escolas se tornaram "campos de extermínio na América".
Elencando os maiores massacres da história recente dos EUA, Biden pediu ao Congresso uma "ação forte" para reagir aos 234 tiroteios contabilizados desde o início do ano. "Quantas outras carnificinas estamos dispostos a aceitar? O Senado precisa fazer alguma coisa. É inaceitável e imoral a recusa de alguns republicanos a sequer iniciar um debate", afirmou o presidente.
Em seguida, Biden sugeriu algumas medidas, como proibir fuzis de assalto e carregadores de alta capacidade, propostas com chances quase nulas de superar o obstrucionismo do Partido Republicano, especialmente no Senado.
"Se não pudermos vetá-los, então devemos aumentar a idade mínima [para compra] de 18 para 21 anos e reforçar os controles na aquisição", disse.
Pedindo "bom senso", o mandatário ainda citou a Segunda Emenda à Constituição, escudo dos apoiadores das armas de fogo. "Não é algo absoluto, não prevê direitos ilimitados", afirmou Biden, lembrando que o acesso a metralhadoras é regulamentado em nível federal há quase 90 anos.
"Se o Congresso fracassar, acho que desta vez a maioria dos americanos não vai desistir", ressaltou.
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