Os Estados Unidos registraram 36 mortos em ataques a tiros no país em menos de um mês, levantando o debate sobre a violência armada e o controle de armas no território americano. A sequência de tragédias recentes começou em 14 de maio, com a morte de dez pessoas em um supermercado de Buffalo, Nova York . No dia seguinte, um atirador deixou um morto e cinco feridos em uma igreja na Califórnia . Na sequência, 19 alunos de 2 professoras morreram em uma escola de Uvalde, no Texas , em 24 de maio. Na quarta-feira (1º), quatro pessoas perderam a vida em um hospital em Tulsa, em Oklahoma .
O número pode aumentar, já que as autoridades ainda investigam duas ocorrência na quinta (2): um tiroteio durante um enterro em Racine, Wisconsin, e a morte de duas mulheres no estacionamento de uma igreja em Iowa. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao Congresso que aprove uma legislação abrangente de controle de armas.
Biden classificou como "inconcebível" a recusa da maioria dos senadores republicanos a votar normas mais rígidas sobre armas de fogo.
"É hora de o Senado fazer alguma coisa", advertiu o presidente democrata, ressaltando que os congressistas "não podem falhar novamente com o povo americano".
Motivações
O ataque em Buffalo foi motivado por racismo. O atirador Payton Gendron, de 18 anos, defendia a "teoria da substituição", a ideia equivocada de que os americanos brancos correm o risco de serem substituídos por pessoas de cor. Gendron foi acusado de terrorismo doméstico, punido com prisão perpétua. As autoridades federais também estão considerando apresentar acusações de crimes de ódio contra o criminoso.
No caso da Califórnia, o atirador participou de um almoço na igreja que uma congregação presbiteriana de Taiwan estava realizando na Igreja Presbiteriana de Genebra em Laguna Woods, antes de abrir fogo. Ele foi acusado de assassinato em primeiro grau — quando o ato é premeditado e intencional — e de cinco tentativas de assassinato.
O ataque em Uvalde foi o mais mortal numa escola do país desde Sandy Hook, em dezembro de 2012, quando 26 pessoas foram assassinadas. Segundo ex-colegas de escola e familiares, Salvador Ramos, sofreu bullying enquanto cursava o ensino médio e tinha dificuldades em se relacionar.
Já nesta semana, o atirador que invadiu um hospital em Tulsa, Michael Louis, culpava o cirurgião Preston Phillips pela dor que sentia após uma cirurgia nas costas realizada em maio. Ele recebeu alta cinco dias depois do procedimento, mas ligou várias vezes ao longo de vários dias reclamando de dor e querendo tratamento adicional. Uma das armas usadas no ataque foi comprada no mesmo dia da ocorrência.
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*com agências internacionais