Datafolha: 72% negam que armas trazem mais segurança para a população
Levantamento aponta também que 69% discordam com a frase 'povo armado jamais será escravizado', dita com frequência por Bolsonaro
Dados de pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira mostram que 72% dos brasileiros não acreditam que armas trazem mais segurança. O levantamento mostrou ainda que uma a cada 10 pessoas, em média, discorda de políticas públicas que aumentem o acesso a armamentos, uma das bandeiras defendias pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) .
A pesquisa questionou se os entrevistados acreditavam na frase "a sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência" e 72% discordaram da afirmação. Os que concordam com a ideia somam 26%.
A sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência?
Concorda: 26%
Não concorda nem discorda: 1%
Discorda: 72%
Não sabe: 1%
O percentual que discorda da afirmação é maior entre mulheres (78%), pessoas que se autodeclaram pretas (78%) e com menor faixa de renda, de até dois salários mínimos (75%).
Entre os que concordam com a ideia estão os entrevistados com sexo masculino (32%), da região Norte (32%) e com renda familiar de mais de dez salários mínimos (37%).
O levantamento também indicou que 71% dos entrevistados discorda da ideia de que é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas, enquanto 28% concordam com o pensamento.
É preciso facilitar o acesso de pessoas às armas?
Concorda: 28%
Não concorda nem discorda: 0%
Discorda: 71%
Não sabe: 1%
Os entrevistados também foram questionados se "o povo armado jamais será escravizado", frase que o presidente Jair Bolsonaro (PL) já usou para defender o armamento da população. A maioria das respostas (69%) discordou da afirmação e 28% disseram concordar.
O povo armado jamais será escravizado?
Concorda: 28%
Não concorda nem discorda: 1%
Discorda: 69%
Não sabe: 3%
A pesquisa ouviu 2.556 pessoas entre os dias 25 e 26 de maio em 181 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
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