Aprovadas pela UE (União Europeia) nessa segunda-feira (30), as novas sanções contra a Rússia ainda “não são suficientes” segundo Ihor Zhovkva, vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Durante discurso em Madrid nesta terça-feira (31), Zhovkva afirmou que as medidas ainda não trouxeram satisfação aos ucranianos.
Durante cúpula em Bruxelas na segunda-feira, representantes da UE aprovaram um novo pacote de sanções contra a Rússia em retaliação a guerra na Ucrânia. O embargo parcial ao petróleo russo foi a grande decisão firmada entre os países do bloco.
O objetivo do novo acordo é cortar, até o fim do ano, 90% das importações de petróleo russo. Além disso, as medidas incluem embargos ao banco SberBank, banimento de 3 emissoras russas dos países integrantes da UE e atualização da lista de indivíduos sancionados pelo bloco.
“Se você me perguntar, eu diria muito lento, muito tarde e definitivamente não o suficiente”, disse Zhovkva sobre as medidas.
O vice-chefe do gabinete de Zelensky também se diz insatisfeito com o envio de armas do ocidente ao país.
Ainda na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que não enviará à Ucrânia sistemas de lançamento de foguetes de largo alcance (MLRS).
A Ucrânia solicitou o envio de equipamentos MLRS M270 diversas vezes desde a invasão russa. O armamento tem alcance de até 300 km e poderia chegar ao território russo. Outro armamento solicitado foi o M142 Himars, com alcance de 70 a 150 km. Os equipamentos são mais potentes que o M777 —atualmente fornecido ao governo ucraniano — que chega a 40 km.
Segundo Zhovkva, o envio de armamentos é necessário para ajudar a expulsar as forças russas do país.
“Se estivéssemos satisfeitos, teríamos começado a libertação de Mariupol imediatamente e expulsado as forças russas de Donbas”, disse. “Acreditamos em promessas”.
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