Laura Castle, de 38 anos, foi condenada à prisão perpétua nesta quarta-feira por matar um bebê de apenas 13 meses que ela pretendia adotar . O crime ocorreu em janeiro de 2021, em Cúmbria, Inglaterra, quatro meses após Leiland-James Corkill passar a viver com Laura e o marido dela, Scott Castle, numa etapa de adaptação para o processo de adoção.
Leiland-James morreu com ferimentos na cabeça. Laura diz que o caso foi um acidente , após ela "perder a cabeça" enquanto o menino estava chorando. Ela conta que o sacudiu para tentar silenciá-lo, acidentalmente batendo a cabeça dele contra o braço do sofá. A mulher admitiu homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas o tribunal de Preston Crown a considerou culpada de assassinato e crueldade infantil. O marido Scott Castle foi inocentado de causar ou permitir a morte da vítima.
O juiz Jeremy Baker disse que Castle tinha um "desejo egoísta" de manter Leiland-James, embora ela estivesse "lutando" para se relacionar com o bebê e foi uma "tragédia" os Castles não terem encerrado a adoção. Consta no processo que Laura enviou mensagens ao marido enquanto ele estava no trabalho criticando a criança, chamando o bebê de nomes vulgares, o descrevendo como uma "bolsa gemendo".
"O que realmente aconteceu em 6 de janeiro pode nunca ser conhecido, pois mesmo agora não considero que você tenha contado ao júri todas as circunstâncias que levaram à morte de Leiland-James. Considero que você subestima significativamente a extensão e o grau de violência que infligiu", disse o juiz.
A pena mínima de Laura é de 18 anos. Como ela também foi condenada a 21 meses por crueldade infantil, penalidade que será cumprida simultaneamente, não será elegível para liberdade condicional por 17 anos. Mesmo que seja libertada da prisão, ela permanecerá sob custódia e sujeita a retornar para a cadeia pelo resto da vida.
A mãe biológica de Leiland-James, Laura Corkill, descreveu Castle como um "monstro" em uma carta enviada ao juiz Baker antes da sentença. O bebê foi entregue para a adoção logo após o nascimento mas a mãe manteve contato com Charlotte Day, que cuidou da criança até que Laura e Scott recebessem autorização para ficar com Leiland.
"Os Castles deveria ter sido família do felizes para sempre. Fiquei de coração partido com a perda de um menino bonito, com a risada mais contagiante", disse Charlotte ao tribunal.
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