Onze recém-nascidos morreram após um incêndio em um hospital na cidade de Tivaouane, no Senegal . Conforme informado pelo presidente Macky Sall na noite de quarta-feira, chamas tomaram o setor de maternidade da unidade de saúde.
Relatórios iniciais sugerem que o incêndio foi causado por um curto-circuito. Três bebês foram salvos, segundo o prefeito da cidade, Demba Diop Sy.
Conforme a AFP, citando relatos da imprensa local, a unidade de saúde foi inaugurada recentemente. Uma investigação está em andamento e o ministro da Saúde Abdoulaye Diouf Sarr, que estava em Genebra para uma reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS), vai encurtar a viagem e retornar ao Senegal imediatamente.
"Esta situação é muito infeliz e extremamente dolorosa", lamentou Sarr.
A Anistia Internacional instou o governo a criar uma comissão independente de inquérito para determinar a responsabilidade e punir os culpados. "Não importa o nível em que estejam no aparato estatal", ressaltou no Twitter o diretor do grupo de direitos humanos no país, Seydi Gassama. A Anistia já havia solicitado que todas as alas neonatais do Senegal fossem inspecionadas após um incidente semelhante na cidade de Linguère em abril, quando quatro bebês morreram.
O Senegal tem uma grande disparidade entre as zonas urbanas e rurais nos serviços de saúde. O incêndio nesta quarta-feira também ocorre semanas após três parteiras serem condenadas pela morte de uma mulher grávida que esperou em vão por uma cesariana na cidade de Louga. A equipe se recusou a atender Astou Sokhna , alegando que a cirurgia não havia sido agendada. A mulher morreu em 1º de abril, 20 horas depois de sua chegada na unidade de saúde. A criança não resistiu.
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