Nesta segunda-feira (16), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov, disse que as candidaturas da Suécia e Finlândia para integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) são um "grave erro".
De acordo com ele, o "nível de tensão" entre a Rússia e os países do Ocidente vai aumentar ainda mais caso as novas adesões realmente aconteçam. "É um grave erro adicional, cujas consequências terão um longo alcance", disse o vice-ministro, de acordo com a agência de notícias Interfax .
Hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também afirmou que a Rússia "acompanhará de perto" as candidaturas de Finlândia e Suécia para a Otan, que não devem fortalecer a "arquitetura da segurança da Europa", segundo ele.
Riabkov disse que a resposta da Rússia "dependerá das consequências práticas da adesão" dos dois países em relação à Otan. "Para nós, está claro que a segurança da Suécia e da Finlândia não será reforçada por esta decisão", afirmou.
A Finlândia reafirmou a intenção de fazer parte da aliança no último domingo (15) . No mesmo dia, o partido social-democrata da Suécia aprovou no Parlamento do país a candidatura à Otan .
Depois dos movimentos, a Otan informou estar convencida de que irá superar os obstáculos impostos pela Turquia para aceitar as adesões dos países à aliança .
Em coletiva de imprensa realizada em Berlim, na Alemanha, o secretário-geral adjunto da Otan, Mircea Geona, disse que a organização está disposta a "encontrar todas as condições para um consenso" a respeito das adesões de Finlândia e Suécia.
A Turquia se colocou contrária às adesões por conta dos países nórdicos acolherem uma grande quantidade de curdos, etnia considerada inimiga pela Turquia.