O sábado (14) vem sendo de muitos protestos pelo direito ao aborto nos Estados Unidos. As manifestações são uma resposta à possibilidade da Suprema Corte norte-americana anular a Roe vs Wade, lei que legalizou o aborto no país há mais de 50 anos.
Foram organizadas mais de 300 marchas pelo país para protestar, e todas elas têm como slogan “Bans Off Our Bodies”, “Mantenha as proibições fora dos nossos corpos”, em tradução livre.
A maioria das manifestações são lideradas pelas organizações Planned Parenthood e Women's March, e acontecem em locais como Nova York, Los Angeles, Chicago e Austin.
Na capital, são esperadas mais de 17 mil pessoas na manifestação que teve início às 14h locais (15h no horário de Brasília) e teve concentração no Monumento a Washington. Os manifestantes vão caminhar até a sede da Suprema Corte do país.
“Estamos com raiva. Somos barulhentas. Estamos marchando para a Suprema Corte. Não vamos desistir de proteger Roe v. Wade”, publicou a Women’s March no Twitter.
Ameaças à legalização do aborto nos EUA
No dia 2 de maio ocorreu o vazamento do esboço de uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos favorável à revogação da decisão Roe vs. Wade, de 1973, que legalizou em todo o país a possibilidade de uma mulher interromper uma gravidez.
O documento, que teve a veracidade confirmada pelo presidente da corte, John Roberts, mostra que cinco dos nove juízes aprovam o fim do direito ao aborto no país. A decisão seria anunciada formalmente em junho.
Uma semana depois, o Senado dos Estados Unidos barrou um projeto de lei apresentado pelos democratas para ampliar o acesso ao aborto no país, aumentando os debates sobre o assunto no país.
A medida, que previa o direito das mulheres ao acesso ao aborto em nível federal, precisava obter 60 votos para ser aprovada, mas foi bloqueada com 49 votos a favor e 51 contra.
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