O Senado dos Estados Unidos barrou nesta quarta-feira (11) um projeto de lei apresentado pelos democratas para ampliar o acesso ao aborto no país.
A medida, que previa o direito das mulheres ao acesso ao aborto em nível federal, precisava obter 60 votos para ser aprovada, mas foi bloqueada com 49 votos a favor e 51 contra.
Todos os republicanos votaram contra, enquanto que, no grupo de democratas, apenas o senador Joe Manhcin ficou do lado dos conservadores.
"Continuaremos a lutar pelas mulheres", disse o presidente americano, Joe Biden, após seu projeto de lei ser barrado.
A norma que estava sendo debatida tinha o objetivo de proteger o direito ao aborto seguro no território americano, ainda que a Suprema Corte vote para derrubar o caso "Roe contra Wade", a histórica decisão de 1973 que legalizou o aborto nos EUA.
A votação foi realizada depois do vazamento de um rascunho em que há a informação de que cinco dos nove juízes aprovam o fim do direito ao aborto no país. A decisão seria anunciada formalmente em junho.
Há uma semana, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um apelo a favor do direito ao aborto.
"Restringir o acesso ao aborto não reduz o número de procedimentos, apenas leva as mulheres e meninas a realizarem procedimentos inseguros. O acesso ao aborto seguro salva vidas", escreveu Adhanom no Twitter, sem mencionar diretamente os Estados Unidos.
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