A Ucrânia anunciou nesta quinta-feira (12) o primeiro processo por crimes de guerra cometidos durante a invasão russa ao país .
O réu é o soldado Vadim Shishimarin, 21, acusado de ter disparado tiros de fuzil contra um civil desarmado de 62 anos, segundo o gabinete da procuradora Iryna Venediktova.
Shishimarin viajava com outros quatro militares russos em um carro roubado após seu comboio ter sido atacado, em 28 de fevereiro, perto do vilarejo de Chupakhivka, na região de Sumy, que foi totalmente libertada pela Ucrânia no início de abril.
"Um dos soldados ordenou que o acusado matasse um civil para que ele não os denunciasse", explicou a procuradora. A vítima, que não foi identificada, morreu no local, a poucos passos de sua casa.
A data do início do julgamento não foi anunciada, mas Shishimarin pode pegar até prisão perpétua por crime de guerra e homicídio premeditado.
Venediktova diz já ter recebido mais de 10 mil relatos de supostos crimes de guerra cometidos pelas tropas russas na Ucrânia, com mais de 600 suspeitos identificados.
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