Quatro deputados democratas dos EUA pediram aos CEOs de YouTube, TikTok, Twitter e Meta Platforms, nesta quinta-feira, que preservem conteúdo que possa ser usado como evidência de supostos crimes de guerra russos na Ucrânia.
A Ucrânia e o Ocidente dizem que as tropas russas cometeram crimes de guerra em sua invasão ao seu vizinho, na qual milhares de civis foram mortos. A Rússia nega as acusações e diz que não tem civis como alvo.
“As plataformas de mídia social removem rotineiramente conteúdo visual que glorifica a violência ou o sofrimento humano ou pode levar a mais perpetrações de violência, (já que) implementaram corretamente políticas de conteúdo visual para proteger seus usuários”, diz a carta, assinada pelos deputados Carolyn Maloney, Gregory Meeks, Stephen Lynch e William Keating.
No entanto, segundo os parlamentares, o tratamento dispensado a esse material pode "resultar na remoção não intencional e na exclusão permanente de conteúdo que possa ser usado como evidência de possíveis violações de direitos humanos, como crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio", afirmou a carta.
Em uma carta a Mark Zuckerberg, CEO da proprietária do Facebook, a Meta, os parlamentares, incluindo os líderes dos comitês de Supervisão da Câmara e Relações Exteriores, Carolyn Maloney e Gregory Meeks, encorajaram a empresa a preservar o conteúdo postado em seus sites.
Esse conteúdo “poderia potencialmente ser usado como evidência, pois o governo dos EUA e os monitores internacionais de direitos humanos e responsabilidade investigam crimes de guerra russos, crimes contra a humanidade e outras atrocidades na Ucrânia”, dizia a carta.
As cartas também foram assinadas por dois presidentes de subcomissão, William Keating e Stephen Lynch.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quinta-feira uma resolução para estabelecer uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos por tropas russas em lugares próximos à capital, Kiev, medida que a Rússia disse ser um acerto de contas político.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.