Nesta terça-feira (3), o ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um comunicado acusando o chanceler de Israel, Yair Lapid, de estar “colaborando” com o neonazismo na Ucrânia.
Na segunda (2), Lapid disse que a declaração do chanceler russo, Sergey Lavrov, sobre o líder nazista, Adolf Hitler, “ter sangue judeu” é “imperdoável”. A declaração foi dada a um canal de TV italiano no domingo (1.mai.2022).
O chanceler foi perguntado sobre como a Rússia está “desnazificando” a Ucrânia se o presidente do país, Volodymyr Zelensky, é judeu. Para justificar as acusações, Lavrov disse que Hitler tinha “sangue judeu”.
Segundo Lapid, a fala do chanceler russo foi “imperdoável e ultrajante” e mostra o nível mais baixo de racismo contra o povo judeu. O chanceler israelense afirmou que a declaração do russo trata-se de um “terrível erro histórico”.
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Em comunicado, o ministério diz que as falas foram “anti-heroicas” e explicam o “apoio de Israel ao regime de Kiev”. O órgão também afirma que a origem judaica do presidente ucraniano não impede o nazismo no país. “O antissemitismo na vida cotidiana e na política não parou e, ao contrário, é alimentado (na Ucrânia)”, disse.
Pela primeira vez, Israel condena alegações russas sobre o presidente ucraniano - mostrando mais disposição em ajudar o país invadido pela Rússia.
No início do conflito, Zelensky chegou a cobrar do país um posicionamento mais firme para impor sanções à Rússia. O primeiro-ministro Naftali Bennet declarou apoio à Ucrânia no começo das invasões, mas se manteve receoso em apoiar sanções severas e atrapalhar as relações com o país, devido à proximidade da Rússia com a Síria.
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