O primeiro-ministro das Ilhas Virgens Britânicas, Andrew Alturo Fahie
Reprodução/Youtube - 29.04.2022
O primeiro-ministro das Ilhas Virgens Britânicas, Andrew Alturo Fahie

O primeiro-ministro das Ilhas Virgens Britânicas, Andrew Alturo Fahie, e o diretor dos portos do território britânico, Oleanvine Maynard , foram presos no sul da Flórida nesta quinta-feira acusados de tráfico de drogas. Eles foram detidos no Aeroporto Executivo de Miami-Opa-locka após se dirigirem ao local para receber um pagamento em dinheiro prometido por um agente disfarçado, que se passava por um membro do cartel mexicano, segundo o jornal “Miami Herald”.

A investigação, feita pelos EUA, começou no ano passado, após uma série de reuniões entre um informante do governo, que se passou por traficante de drogas, e um grupo de agentes libaneses do Hezbollah, que teriam conexões com os líderes do território caribenho.

Com a ajuda deles, o informante do governo americano se encontrou com o primeiro-ministro das Ilhas Virgens Britânicas e com o diretor dos portos do país com intuito de fornecer proteção para supostos carregamentos de cocaína colombiana, através das Ilhas Virgens Britânicas, para Miami, nos Estados Unidos, segundo as autoridades.

Em troca, o informante dos EUA, que alegou estar trabalhando para o cartel de Sinaloa (estado mexicano), prometeu pagar ao primeiro-ministro e ao diretor do porto US$ 700 mil no início e quantias milionárias depois, como parte das cargas de cocaína, tudo acertado em reuniões nas Ilhas Virgens Britânicas e em Miami, em março e abril deste ano, de acordo com os documentos Tribunal Federal de Miami. 

Nesta quinta, Fahie e Maynard foram presos por agentes da Drug Enforcement Administration (DEA) em flagrante. De acordo com o depoimento de quinze páginas, quando foi preso, Fahie confirmou sua identidade, mas questionou: “Por que estou sendo preso? Não tenho dinheiro nem drogas.”

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Os dois representantes das Ilhas Virgens Britânicas estavam em Miami para uma convenção de cruzeiros e teriam ido ao aeroporto de Opa-locka depois que o informante da DEA e outro agente disfarçado lhes disseram que a “recompensa inicial” deles estaria no local, de acordo com a declaração apresentada pelo promotor federal Frederic Shadley. 

O advogado de defesa, Richard Della Fera, foi contatado pela família de Fahie, mas afirmou ser prematuro comentar sobre o caso. Tanto Fahie quanto Maynard, que estão detidos no Centro de Detenção Federal, devem ter suas primeiras aparições no Tribunal Federal de Miami na tarde de sexta-feira.

O filho do diretor do porto das Ilhas Virgens Britânicas, Kadeem Maynard, também foi preso em outro local por suspeita de envolvimento com o caso. Todos os três réus são acusados de conspirar para importar mais de cinco quilos de cocaína para os Estados Unidos e de conspirar para cometer lavagem de dinheiro.

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