O governo da Rússia afirmou nesta sexta-feira (29) que o ataque da última quinta contra Kiev mirou fábricas de mísseis.
O bombardeio ocorreu durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, à capital ucraniana e deixou pelo menos uma pessoa morta, a jornalista Vera Girich, de 55 anos de idade.
Segundo o Ministério da Defesa russo, mísseis de "alta precisão" atingiram fábricas de equipamentos militares e aeroespaciais. No entanto, um prédio residencial situado perto desses alvos também acabou bombardeado.
De acordo com o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, o edifício de 25 andares é novo e ainda contava com poucos moradores. Esse foi o ataque russo mais próximo do centro da capital ucraniana desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.
Após uma tentativa frustrada de conquistar Kiev em poucos dias, a Rússia havia se retirado da região para se concentrar no Donbass, zona do leste da Ucrânia onde ficam os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk.
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Por conta dos ataques da última quinta, a administração militar da capital pediu para mulheres com crianças pequenas e idosos ainda não retornarem para a cidade. "A ameaça contra Kiev não desapareceu, e os ataques com mísseis de ontem são a prova disso", diz um apelo oficial divulgado no Telegram.
Em uma mensagem no Twitter, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse estar "chocado" pela ação. "A Rússia demonstra ainda mais seu desprezo pelo direito internacional bombardeando uma cidade enquanto o secretário-geral da ONU está presente", declarou o espanhol.
Guterres se reuniu em Kiev com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e apenas dois dias antes havia sido recebido pelo líder russo, Vladimir Putin, em Moscou. Para Zelensky, os ataques da Rússia foram um "tapa na cara da ONU".
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