Nesta terça-feira (26), a presidente da Moldávia, Maia Sandu, condenou o ataque russo na região separatista da Transnístria e afirmou que irá tomar medidas para garantir a paz no país.
“A situação na região separatista é complexa e tensa, mas a Moldávia continua aberta a negociar uma solução pacífica para as questões”, frisou em entrevista coletiva após encontro do conselho de segurança do país.
Em seu discurso, a presidente condenou quaisquer tentativas de “arruinar a paz” no país. Além disso, ela frisou que a Moldávia está preparada para evitar "a escalada da violência". O governo atribui o ataque ao exército russo que, por sua vez, nega a autoria.
“Incidentes recentes são uma tentativa de aumentar as tensões, com avaliações mostrando que facções pró-guerra na região da Transnístria são responsáveis pelos ataques” , ressaltou.
Ataques na Transnístria
A Transnístria, região separatista pró-Rússia da Moldávia, registrou uma série de explosões nesta segunda-feira (25).
A sede do Ministério da Segurança do Estado em Tiraspol, capital da Transnístria, foi o alvo das explosões. As motivações e os autores do ataque ainda são desconhecidos.
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O Ministério do Interior de Transnístria afirma que os disparos foram feitos com um lançador de granadas antitanque portátil.
Na última semana, o vice-comandante do distrito militar central da Rússia, Rustam Minnekayev, disse que o governo russo pretende abrir “caminho” para a Transnístria.
“O controle sobre o sul da Ucrânia é outro caminho para a Transnístria, onde também há evidências de que a população de língua russa está sendo oprimida”, confirmou.
A Transnístria é um território da Moldávia controlado pela Rússia desde a queda da União Soviética. Com o apoio russo, a Transnístria travou uma guerra contra a Moldávia na década de 1990.
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