Um ataque de mísseis na cidade portuária de Odessa, no Sudoeste da Ucrânia, deixou pelo menos cinco mortos neste sábado — incluindo um bebê de três meses —, segundo informou Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Outras 18 pessoas ficaram feridas .
Mais cedo, o comando aéreo do sul da Ucrânia havia dito que dois mísseis atingiram uma instalação militar e dois edifícios residenciais em Odesa. Em guerra contra a Ucrânia desde 24 de fevereiro, a Rússia ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
"Nada é sagrado", escreveu Yermak sobre o ataque russo no aplicativo Telegram. "O mal será punido."
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, condenou o ataque, responsabilizando a Rússia. "O único objetivo dos ataques com mísseis russos em Odesa é o terror. A Rússia deve ser designada como um Estado patrocinador do terrorismo e tratada em conformidade. Sem negócios, sem contatos, sem projetos culturais. Precisamos de um muro entre a civilização e os bárbaros atacando cidades pacíficas com mísseis", escreveu Kuleba.
Segundo a BBC, há equipes de resgate em um edifício atingido, com vários carros de bombeiros para apagar as chamas do prédio, que, aparentemente, foi atingido nos andares inferiores. Vários veículos também foram danificados.
Batalha em Kharkiv
O governador da reigão de Kharkiv, Oleg Synegubov, afirmou neste sábado que foram reconquistadas três localidades próximas da cidade de Kharkiv, a segunda maior do país.
"Nosso Exército ucraniano lançou com sucesso uma contra-ofensiva ontem pela manhã. Após longos e ferozes combates, nossas tropas desalojaram tropas russas de Bezruki, Slatine e Prudyanka", informou Synegubov no Telegram. Prudyanka fica a cerca de 15 quilômetros da fronteira com a Rússia.
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Nas últimas 24 horas, segundo o governador, duas pessoas morreram e 19 ficaram feridas na região. De acordo com o porta-voz do Ministério ucraniano da Defesa, Kharkiv continua "parcialmente bloqueada" pelas forças russas, que seguem presentes, sobretudo, no noroeste, e estão reforçando suas posições "ao sul da cidade".
Já na região de Luhansk, no Donbass — onde a Rússia disse estar concentrando seus esforços agora —, um ataque de artilharia matou dois civis e feriu outros dois na cidade de Zolote, segundo o governador Serhiy Haidai.
Um assessor do prefeito da cidade de Mariupol, que esta semana a Rússia disse ter "libertado" após quase dois meses de cerco, afirmou que falhou uma nova tentativa neste sábado de evacuar civis ucranianos, acusando as forças russas.
Segundo a autoridade, 200 pessoas e reuniram para serem evacadas, mas militares russos disseram para eles se dispersarem, alertando sobre um possível bombardeio.
O governo ucraniano, por meio de um conselheiro presidencial, também acusou a Rússia de atacar e tentar invadir novamente uma usina siderúrgica que é o último reduto das forças ucranianas na cidade, onde se estima que haja 2 mil soldados, além de civis escondidos. Moscou ainda não comentou o ocorrido e não há detalhes sobre a suposta ofensiva, que estaria ocorrendo dois dias após o presidente russo Vladimir Putin ordenar que suas forças cercassem o local, mas não atacassem.
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