Volodymyr Zelensky
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Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (16) que uma eventual "destruição" das forças de defesa de Mariupol provocaria o fim das negociações com a Rússia.

Situada na costa do Mar de Azov, no sudeste ucraniano, a cidade está sitiada há um mês e meio pelas tropas russas e da região separatista de Donetsk, que nos últimos dias reforçaram sua ofensiva para conquistá-la.

"Mariupol pode ser equivalente a 10 Borodyankas, e gostaria de dizer que a destruição de nossos militares colocaria um fim em todas as negociações. Isso seria um ponto final porque não negociamos nossos territórios e nosso povo", afirmou Zelensky em entrevista para veículos ucranianos.

Ele fez referência a Borodyanka, cidade dos arredores de Kiev que foi recém-libertada das forças russas, o que permitiu a descoberta de indícios de crimes de guerra contra a população civil, como valas comuns com dezenas de corpos e cadáveres com sinais de tortura.

A Rússia agora se concentra na conquista do Donbass, área geográfica da Ucrânia onde ficam as regiões de Lugansk e Donetsk, e Mariupol faz parte desta última. Além disso, a cidade é simbólica por ser o berço do Batalhão de Azov, milícia paramilitar acusada de neonazismo por Moscou.

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De acordo com as autoridades locais, os russos estão capturando todos os homens ucranianos de Mariupol e os transferindo para Bezimenne, vilarejo em Donetsk sob controle de Moscou.

Já o chefe da autoproclamada república de Donetsk, Denis Pushilin, afirmou neste sábado que os "nacionalistas" que não se renderem à Rússia em Mariupol serão "eliminados".

As negociações para um cessar-fogo estão travadas desde o fim de março, quando a Ucrânia se comprometeu a não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas desde que tenha garantias de segurança por parte de potências internacionais e caminho livre para aderir à União Europeia. A Rússia ainda não respondeu às demandas de Kiev.

No entanto, não houve nenhum avanço a respeito do destino do Donbass, já que a Ucrânia defende a manutenção de sua integridade territorial, enquanto Moscou quer o reconhecimento da soberania de Donetsk e Lugansk.

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