A Rússia voltou a fazer ataques na região de Kiev nesta sexta-feira (15), cerca de duas semanas depois de ter retirado suas tropas dos arredores da capital da Ucrânia para se concentrar na tomada do Donbass.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, mísseis Kalibr lançados do mar atingiram uma fábrica de armas na periferia de Kiev, destruindo as "áreas de produção e manutenção de sistemas de defesa aérea de médio e longo alcance e mísseis antinavio".
O bombardeio ocorreu um dia após Moscou ter acusado a Ucrânia de atacar áreas civis nas regiões russas de Belgorod e Briansk, que ficam na fronteira entre os dois países. O Ministério da Defesa da Rússia chamou essas ações de "atos de sabotagem" e prometeu aumentar o lançamento de mísseis contra alvos em Kiev.
A Ucrânia, por sua vez, nega ter realizado ataques em território russo, mas reivindica o afundamento do navio de guerra Moskva, que naufragou no Mar Negro após ter sofrido uma explosão na última quinta-feira (14).
"O navio da Rússia agora é um lugar bom para fazer mergulho. Vou visitar os destroços após nossa vitória na guerra", ironizou o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, em mensagem no Twitter.
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Ainda segundo Kiev, o comandante do Moskva, Anton Kuprin, morreu na explosão e no incêndio a bordo do navio, mas a Rússia não confirma a informação.
Em novo discurso por vídeo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou o país por chegar ao 50º dia de resistência contra a invasão russa.
"Durante os 50 dias dessa guerra, a Ucrânia se tornou heroína para todo o mundo livre, para aqueles que têm coragem de chamar as coisas pelo nome, para aqueles que não foram envenenados pela propaganda", afirmou.
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