O governo da Rússia afirmou nesta terça-feira que 1.026 soldados ucranianos se renderam em Mariupol. O anúncio seria mais um sinal de que Moscou está perto de tomar o controle da cidade. O porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, Oleksandr Motuzyanyk, afirmou que ainda não tinha informações sobre o caso e não pode confirmar a situação.
O grupo de combatentes atuava da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais e teria abaixado as armas perto das fábricas de ferro e aço de Ilyich. A televisão estatal russa mostrou imagens do que seria rendição. Muitos militares pareciam feridos.
O líder da República da Chechênia, Ramzan Kadyrov, aliado do presidente Vladimir Putin, falou sobre o caso no canal dele no Telegram, acrescentando que centenas de soldados feridos estariam na fábrica de Azovstal.
"Dentro de Azovstal, neste momento, há cerca de 200 feridos que não podem receber assistência médica. Para eles e todos os outros, seria melhor acabar com essa resistência inútil e voltar para suas famílias", escreveu.
No início da semana, o vice-prefeito de Mariupol rotulou como "falsa" uma postagem no Facebook com a informação de que a mesma brigada estava ficando sem munição e sem apoio.
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Ofensiva no Leste
Autoridades ucranianas e serviços de inteligência do Ocidente afirmam há alguns dias que as forças russas estão preparando uma nova ofensiva no Leste do país, ponto central do conflito iniciado em fevereiro e da crise político-militar vivida pelo país desde o início de 2014.
Analistas apontam para outro fator que pode ter influenciado a decisão de Vladimir Putin de lançar a invasão: as reservas de gás da Ucrânia, concentradas justamente no Leste do país, em boa parte ainda inexploradas.
Desde a decisão russa de "reduzir drasticamente" as operações contra a capital, Kiev, e contra Chernihiv, no Norte da Ucrânia, para concentrar suas ações na "liberação de Donbass", as autoridades ucranianas expressam o temor de um ataque de grande porte contra áreas das províncias de Donetsk e Luhansk, na região conhecida como Donbass, que ainda não estão sob controle dos separatistas pró-Moscou.
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