O referendo convocado pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para verificar se a população apoiava sua permanência no cargo até o fim do mandato mostrou que 91,9% dos eleitores o apoiam. Apenas 6,5% dos que foram votar disseram ser favoráveis à saída antecipada do mandatário.
No entanto, a consulta pública teve um quórum de apenas 17,2% - bem abaixo dos 40% exigidos pela Constituição para que o pleito seja válido. Porém, seja qual for o resultado, o pleito não era vinculativo, ou seja, o ocupante da Presidência não precisaria seguir a decisão da população.
A possibilidade de criar um referendo para checar o apoio da população ao presidente foi implementada em setembro de 2021. A medida permite que a consulta seja feita a partir da metade do mandato presidencial que, no México, tem duração de seis anos.
Obrador, ignorando a baixa afluência, afirmou que o referendo foi um "exercício democrático histórico". "A democracia deve ser uma forma de vida, um hábito das e dos mexicanos para que ninguém se sinta absoluto. O povo é quem manda", escreveu em sua conta no Twitter.
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O presidente, que governa desde 2018, foi eleito com cerca de 30 milhões de votos dos mexicanos. No entanto, o país não tem reeleição para o cargo e ainda não se sabe quem poderá substituir Obrador com tanta força política.
O mandatário ainda postou um vídeo sobre o resultado das urnas e garantiu que não fará uma reforma que permita sua permanência no cargo. "Sou um democrata e não sou a favor da reeleição. Nós vamos terminar a nossa obra de transformação em 2024", pontuou.
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