Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson
Reprodução/Instagram
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, divulgou nesta terça-feira (5) um vídeo no qual fala parcialmente em russo sobre as "atrocidades" registradas na cidade ucraniana de Bucha e acusa o presidente Vladimir Putin de cometer "crimes de guerra".

"O povo russo tem direito à verdade, vocês têm direito aos fatos", diz o premiê em russo.

Na gravação, Johnson acusa Putin e as forças de Moscou de estarem por trás do "massacre de civis" na Ucrânia, do "assassinato de crianças" e do "estupro de mulheres". "Seu presidente é acusado de cometer crimes de guerra. Não posso acreditar que ele esteja agindo em seu nome", acrescenta.

O premiê britânico descreve, em inglês, as "atrocidades cometidas pelas tropas russas em Bucha, Irpin e em outros locais da Ucrânia", ressaltando que os crimes "horrorizaram o mundo".

"Civis massacrados, mortos a tiro com as mãos amarradas. Mulheres estupradas na frente dos seus filhos pequenos. Corpos brutalmente queimados, lançados para valas comuns ou simplesmente deixados na rua", relata.

Johnson também acusa o Kremlin de tentar esconder as imagens "chocantes" e "repugnantes" e incita os russos a contornar as restrições à internet para procurar "informação independente" para encontrar a verdade e compartilhá-la com outros compatriotas.

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"As queixas são tão chocantes, tão repulsivas, que não é de surpreender que seu governo esteja tentando escondê-las de você. Seu presidente sabe que se você pudesse saber o que está acontecendo, você não apoiaria sua guerra", enfatiza.

No vídeo, ele ainda reforça que Putin sabe que "esses crimes traem a confiança", principalmente da "mãe russa que saudou orgulhosamente seu filho que se juntou às forças armadas", e que são uma "mancha na honra da própria Rússia".

As autoridades ucranianas denunciaram a descoberta de mais de 400 corpos nas ruas de Bucha, nos arredores de Kiev, o que o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, qualificou como "o pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial".

"Os responsáveis pelos crimes de guerra atribuídos às forças russas serão chamados a responder e a história recordará quem terá virado a cabeça para o outro lado", concluiu Johnson.

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