Alexey Labetskiy, embaixador da Rússia no Brasil
reprodução/tv senado
Alexey Labetskiy, embaixador da Rússia no Brasil

O embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, afirmou, nesta terça-feira, que os países da Europa Ocidental incentivam uma caça “russofóbica” pelo mundo. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado, o diplomata comparou o cenário atual à perseguição aos russos pelos nazistas, nos anos 1930.

— Na sua obsessão de mostrar a Rússia como culpada de tudo, os europeus abriram uma caça russofóbica mundial. Essa caça faz-nos lembrar histórias que foram observadas a partir de 1933, com a chegada de Hitler ao poder —afirmou o embaixador, para quem o Ocidente promove fake news contra a Rússia.

Perguntado sobre o fornecimento de fertilizantes para o agronegócio brasileiro, o embaixador enfatizou que o Brasil é o maior parceiro econômico da Rússia na América Latina e que o envio desses produtos vai continuar, apesar das sanções econômicas impostas a seu país. Ele afirmou que esse bloqueio imposto por Estados Unidos e outros países são "ilegítimos".

Labetskiy atacou o governo da Ucrânia, dizendo que as autoridades daquele país promovem “políticas russofóbicas, senão nazistas”. Destacou que símbolos do batalhão ucraniano têm escrito as letras SS, que remotam ao nazismo.

— O primeiro objetivo da nossa operação é desmilitarizar a Ucrânia. O tumor nazista na Ucrânia é visível, sentido e comprovado — disse.

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O diplomata reforçou o discurso de Moscou, que chama a guerra na Ucrânia de “operação militar especial”, cujo objetivo é “desnazificar e desmilitarizar" o país do Leste Europeu e “garantir os direitos dos russos, descendentes de russos e do nosso país à soberania, legalidade e defesa”.

Ele disse que a crise na Ucrânia começou em fevereiro de 2014, quando houve um golpe de estado que derrubou o então governo eleito. Segundo o embaixador, o golpe foi feito por “nacionalistas, direitistas e nazifascistas” ucranianos, com apoio de países do Ocidente.

Depois de 2014, continuou, regiões da Ucrânia, como Donetsk e Lugansk, passaram a querer independência e assinaram acordos com a Ucrânia. Entretanto, afirmou o diplomata, o governo ucraniano nunca respeitou esses tratados e passou a oprimir as populações das regiões separatistas.

O diplomata disse, ainda, que a Rússia é crítica da expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nas últimas décadas. Para ele, o alargamento da Otan é considerado uma ameaça para a Federação Russa.

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