O chefe do quartel-geral humanitário da região de Kiev, Oleksiy Kuleba, afirmou nesta segunda-feira (4) que a área ainda está "perigosa" por conta das minas terrestres e dos explosivos deixados para trás durante a evacuação dos russos.
"Estar aqui na região de Kiev é ainda perigoso porque, só ontem, os socorristas encontraram quase cinco mil minas terrestres. Atualmente, a destruição russa foi registrada em 35 das 69 comunidades da região de Kiev e os danos mais graves ocorreram em Bucha, Irpin, Gostomel, Borodyanka, Makariv, Velikodimersk e Piskiv", explicou Kuleba à agência de notícias Unian.
Conforme o representante, os soldados fazem operações para localizar e remover esses equipamentos explosivos, inclusive em Bucha, localidade que chocou o mundo durante o fim de semana quando as tropas ucranianas puderam voltar para a cidade e encontraram centenas de corpos de civis nas ruas.
A fala de Kuleba soma-se aos discursos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que a Rússia está deixando um "desastre completo para trás" nas cidades em que estão saindo por conta desses explosivos.
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Zelensky acusou os soldados de deixarem minas nas ruas, nas casas destruídas e até nos corpos das vítimas para causar ainda mais mortes entre os ucranianos. Por isso, fez um apelo para que os cidadãos não retornem ainda para suas residências até que essa "limpeza" seja feita.
A Rússia ataca a Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro e, na última semana, anunciou que iria diminuir as ações militares contra as regiões de Kiev e Kharkiv para focar mais na região separatista do Donbass. O governo ucraniano, porém, não acredita nessa versão e diz que os militares estão usando esse tempo apenas para reparar os danos nos equipamentos e se reagrupar.
A resistência das cidades próximas a Kiev foi tamanha que impediu que os militares russos chegassem rapidamente à capital por terra.
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