Gás
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Os  Estados Unidos e a União Europeia (UE) anunciaram nesta sexta-feira um acordo sobre fornecimento de gás natural liquefeito (GNL), em uma tentativa de reduzir a dependência da Europa da energia russa em meio à guerra na Ucrânia. A decisão prevê que EUA forneçam à UE pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos adicionais do combustível até o final do ano.

A Rússia é um importante fornecedor de energia da Europa e a invasão militar no país vizinho fez com que os preços alcançassem níveis recordes. O bloco europeu já deixou claro que pretende abolir o uso de gás russo, mas precisar aumentar as importações e gerar mais energia renovável para colocar o plano em prática.

O pacto ocorre durante uma visita de três dias do presidente dos EUA, Joe Biden, a Bruxelas. Biden e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discutiram a invasão da Ucrânia pela Rússia e concordaram em oferecer mais apoio a Kiev.

Gás em rublos

Na tentativa de fortalecer a moeda russa (rublo) e dar uma resposta ao congelamento dos ativos no exterior do Banco Central russo pelos EUA e os países do bloco europeu,  o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na quarta-feira que exigirá que "países hostis", incluindo os da UE, paguem pelo gás russo em rublos. Putin pediu ao Banco Central e ao governo que adotem no prazo de uma semana o novo sistema, que deve ser "claro, transparente" e implica "a aquisição de rublos no mercado cambial russo".

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O anúncio teve um efeito imediato na moeda russa, que registrou valorização diante do euro e do dólar, depois da forte queda desde 24 de fevereiro, quando as forças russas invadiram a Ucrânia. O preço internacional do gás russo subiu 30%.

Putin também insinuou que outras exportações serão submetidas à mesma regra. Horas depois do anúncio do líder russo, a agência de notícias Tass citou o chefe da agência espacial Roscosmos, Dmitry Rogozin, dizendo que a agência mudará seus contratos com outros países para rublos.

No início de março, o Kremlin anunciou uma lista de 48 Estados considerados hostis, incluindo os EUA, Japão, todos os membros da UE, Suíça e Noruega. O Brasil não faz parte da lista.

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