Nesta segunda-feira, o governo russo convocou o embaixador dos Estados Unidos em Moscou, John Sullivan, mandou alertas ao governo norte-americano. Falas contrárias à guerra na Ucrânia do presidente Joe Biden foram o pontapé para o “ultimato diplomático”.
Ainda hoje, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia confirmou que chamou Sullivan. Segundo agências internacionais de notícias, o alerta foi claro: “Comentários feitos por Joe Biden sobre Vladimir Putin deixam a relação entre os dois países em risco” .
Na semana passada, o mandatário norte-americano afirmou que a guerra na Ucrânia está sendo comandada por um “ditador assassino e puro bandido”, se referindo a Putin. Em ocasiões anteriores, Biden já havia chamado o líder russo de “criminoso de guerra”.
“Esse tipo de declaração do presidente americano, que não é digna de um político de alto nível, coloca as relações russo-americanas à beira de uma ruptura” , diz o comunicado da diplomacia russa.
Impactos da guerra
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleskii Reznikov, divulgou balanço da destruição que o conflito com a Rússia trouxe ao país desde os primeiros ataques, em 24 de fevereiro.
Nesta segunda-feira, Reznikov afirmou que o Exército russo destruiu 400 escolas e 110 hospitais. A guerra chegou ao 26º dia.
Além disso, segundo o levantamento de Reznikov, mais de 150 crianças foram mortas durante o conflito no Leste Europeu. “Eles estão cometendo um ato real de genocídio na Ucrânia”, frisou.
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Ao longo do mesmo evento, o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, defendeu a Ucrânia e pediu para que o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecesse estar errado e deixasse o país em paz.
Negociações estagnadas
As negociações para um acordo de paz no Leste Europeu não tiveram um andamento muito efetivo, o que continua impedindo o fim do conflito russo-ucraniano. Na manhã de hoje, o governo russo voltou a reclamar da falta de entendimento.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu que as conversas com o governo ucraniano não progrediram. Ele também descartou possível encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
A Rússia acusa a Ucrânia de paralisar os diálogos de paz, propondo acordos inaceitáveis. Já o governo ucraniano afirma que está disposto a negociar, mas não se renderá nem aceitará ultimatos russos.
“Para que possamos falar de uma reunião entre os dois presidentes, é preciso fazer o dever de casa. As conversações têm que ser realizadas, e seus resultados têm que ser acordados”, disse Peskov. E emendou: “Não houve nenhum progresso significativo até agora”.
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