Protestante laça bomba em prédio durante manifestação na cidade de Odessa, na Ucrânia
Reuters
Protestante laça bomba em prédio durante manifestação na cidade de Odessa, na Ucrânia

Nesta quarta-feira (16), o conflito entre a Rússia e a Ucrânia chega ao seu 21º dia. Após inúmeras invasões, tentativas de negociação e sanções, a ofensiva russa se dirige agora a cidade portuária de Odessa, a 4ª maior ucraniana e importante ponto comercial do país.

A cidade portuária de Odessa fica às margens do mar Negro, local estratégico para o comércio euro-asiático. O mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou no dia 6 de março que o bombardeio da cidade era de interesse dos rurssos. Desde então, a cidade vem se preparando para impedir o avanço de tropas russas.

Ao longo da madrugada, o governo ucraniano informou que aconteceram disparos em sua região costeira, próxima a cidade de Odessa. Mísseis e artilharia foram lançados em direção à costa perto da Tuzla por navios russos, segundo o conselheiro do ministro do Interior, Anton Herashchenko.

Além dos disparos dos navios, a região também foi alvo, no início da manhã, de 2 caças russos. De acordo com o Serviço Estatal de Comunicações Especiais e Proteção da Informação da Ucrânia, as aeronaves tentaram realizar o ataque de uma aldeia de Odessa. Porém, a tentativa falhou por ação das defesas ucranianas, que afirmam ter derrubado a aeronave no mar Negro.

Os ataques russos não têm se limitado à cidade de Odessa. As tropas de Vladimir Putin também miram a cidade de Mauripol, outro ponto estratégico ucraniano. O governo da Ucrânia afirma que houve disparos de míssil contra a cidade vindos do mar. Navios russos estariam perto de uma vila da cidade

Na manhã de hoje, também foram registrados mais conflitos em áreas residenciais de Kiev. Dois prédios, um de 12 e outro de 9 andares, foram alvo de ataques. Segundo informações preliminares do governo da Ucrâniua, duas pessoas ficaram feridas e 35 precisaram abandonar seus lares.

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Ataques à Infraestrutura da Ucrânia

Nesa quarta, (16) o governo da Ucrânia divulgou uma síntese dos ataques da Rússia contra a infraestrutura do país. Segundo o ministro do Interior, Denys Monastyrskyi, 3.500 objetos de infraestrutura foram total ou parcialmente destruídos pelas tropas de Vladimir Putin. Entre as perdas, estão 230 locais de transporte, 165 de infraestrutura básica (subestações elétricas e gasodutos, por exemplo), 72 instituições de ensino e 21 de saúde.

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Houve também um bombardeio em uma torre de TV em Vinnytsia, segundo o levantamento do governo. Transmissões acabaram sendo interrompidas na cidade. Em Zaporzhia, a estação ferroviária Zaporizhzhya-2 foi alvo de foguetes. Não houve mortes, segundo as informações divulgadas.

Segundo o governo da Ucrânia, além das infraestruturas civis e estratégicas destruídas, mais de 2.700 casas foram destruídas por forças russas desde o início dos conflitos.

Ainda hoje, a Corte Internacional de Justiça vai fazer um anúncio e declarar sua decisão sobre as alegações de genocídio da Ucrânia contra a Rússia. O caso teve uma audiência pública em 7 de março, mas a Rússia escolheu não participar.

A 4ª rodada de negociações, que começou nesta segunda (14), foi adiada novamente na terça-feira, sinalizando poucos avanços. Mykhailo Podoliak, conselheiro da presidência ucraniana, disse que os diálogos estão “muito difíceis” no momento.

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