Nesta terça-feira (15), o ministro de Defesa da Índia, Rajnath Singh, disse que o país está revisando os procedimentos operacionais padrão para sistemas de armas e vai corrigir imediatamente qualquer falha encontrada. A declaração se dá dias após o território afirmar ter disparado um míssil acidentalmente contra o Paquistão devido a um "mau funcionamento técnico" durante manutenção de rotina.
Após a fala, o Paquistão reiterou a exigência de uma investigação conjunta sobre o incidente.
Em uma primeira declaração pública após o ocorrido, Singh disse que o país atribui "a mais alta prioridade à segurança e proteção" dos sistemas de armas indiano. "Gostaria também de declarar que está sendo realizada uma revisão dos procedimentos operacionais padrão para operações, manutenção e inspeções", acrescentou, de acordo com a agência de notícias Reuters
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Em entrevista coletiva, porém, o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, disse que a declaração era "incompleta e insuficiente".
"O Paquistão não pode ficar satisfeito com a explicação dada e eu a rejeito", afirmou, acrescentando que eles exigem detalhes sobre os mecanismos de segurança em vigor para evitar mais lançamentos acidentais de mísseis.
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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, pediu que os dois países estabeleçam um mecanismo de denúncia para evitar tais incidentes e compartilhar informações.
"Paquistão e Índia são países importantes no sul da Ásia, com responsabilidades de manter a segurança e a estabilidade regionais", disse ele a jornalistas nessa segunda (14).
De acordo com Singh, os procedimentos e protocolos de segurança para os sistemas de mísseis do país são do mais alto padrão e são revisados periodicamente. "Posso garantir à Câmara que o sistema de mísseis é muito confiável e seguro", disse ele.