Nesta segunda-feira (13), centenas de reservistas do exército taiwanês participaram de um treinamento especial. A ocasião se deu após a presidente pedir a "unidade" da ilha em meio às preocupações revividas pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, de que Pequim possa retomar a ilha pela força.
Em 2021, Taiwan intensificou o treinamento de reservistas por conta das tensões entre Pequim e Taipei.
A China reivindica a ilha democrática autônoma como parte de seu território e prometeu recuperá-la um dia nem que seja à força, se necessário.
Aproximandamente 400 reservistas participaram de exercícios de tiro, como parte de um programa de preparaçãom para o combate. O treinamento, que começou no início do mês de março, simulou a defesa de uma praia próxima à capital Taipei.
Este treinamento ocorre enquanto Taipei monitora de perto a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Apelo presidencial
No sábado (11), a presidente da ilha, Tsai Ing-wen, enfatizou a necessidade de união para defender o território de Taiwan.
"A situação na Ucrânia prova mais uma vez que a proteção do país, além da solidariedade e assistência internacional, depende da unidade do povo", disse ela, vestida com uniforme militar e colete à prova de balas.
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O general Chen Chung-chi, chefe do 6º Comando do Exército de Taiwan, enfatizou a importância das tropas reservistas, além dos militares profissionais.
"A segurança de todo o país não depende apenas dos soldados" , disse à AFP nesta segunda-feira. "Na Ucrânia, vemos soldados no campo de batalha e alguns homens (...) que vão para o combate depois de terem colocado suas esposas e filhos em segurança" , continuou. "O poder militar é limitado, mas o poder do povo é ilimitado" .
Um reservista, Shi Hui-bin, explicou que os treinos o ajudam a se manter preparado e atualizado com as táticas militares atuais. "Quando chegar a hora, saberei o que fazer" , disse a repórteres após uma sessão de treinos de tiro.
O presidente chinês Xi Jinping teve uma reação negativa em relação a Taipé desde 2016, quando ocorreu a eleição da presidente Tsai Ing-wen. O fato de Ing-wen considerar Taiwan como uma nação soberana e não parte de "uma China" faz o presidente chinês ter abordagens mais agressivas.
Moscou está do lado de Pequim, dizendo que Taiwan é "parte integral" da China. No ano passado, aeronaves militares chinesas realizaram um número recorde de incursões na Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan (ADIZ).
Nesta segunda-feira, o ministério da Defesa Nacional de Taiwan informou a incursão de 13 aeronaves militares chinesas, incluindo 12 caças, na zona de defesa aérea, o maior número desde o início do mês. Cinquenta e seis caças chineses entraram na área em 4 de outubro, o número mais alto em um único dia, segundo dados compilados pela AFP.
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