Enquanto soldados russos e ucranianos travavam no fim de semana a batalha pelo controle de Irpin, cidade dormitório às portas de Kiev, dois homens relativamente jovens saqueavam um pequeno mercado. Duas idosas faziam o mesmo . Carregavam tudo que podiam em carrinhos de compra.
Os homens sorriam enquanto seguiam com dificuldade pela rua repleta de escombros. Estavam aparentemente bêbados. Um deles tinha o olho inchado, como se tivesse sido agredido. Ofereceram-me um xampu e uma caixa de chocolates, como se houvesse fartura de tudo nessa cidade agora só cheia de morte.
Saqueadores como eles têm sido tratados com extrema violência pelo Exército ucraniano e pelas milícias civis.
Na tarde de sábado, três homens foram capturados sob a acusação de estarem roubando as casas dos civis que fugiram de Irpin. Foram levados para a entrada da cidade, despidos da cintura para baixo e amarrados com sacos e filme plástico a postes de metal.
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Para impedir que falassem, os soldados colocaram batatas em suas bocas. Ao ver jornalistas se aproximando, um deles cuspiu a batata e disse, em inglês:
"Eu não sei por que estou aqui, eu não sei, eu estava apenas dirigindo."
Logo um soldado ucraniano o mandou para de falar. Deu-lhe um tapa na cara e colocou uma outra batata em sua boca. O homem sangrava pelo nariz e parecia ter um pedaço de dente preso ao lábio.
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