Nesta quinta-feira (10), Sergei Orlov, vice-prefeito de Mariupol, na Ucrânia, disse que três pessoas morreram após o bombardeio de um hospital infantil e maternidade da cidade . Entre as vítimas, está uma criança, segundo Orlov.
"Eu estou absolutamente certo de que eles sabem [que lá funcionava] essa instalação, e que estão destruindo essa cidade", falou o vice-prefeito à BBC . De acordo com ele, 300 leitos destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19 foram destruídos.
"Um hospital infantil, uma maternidade. Como eles ameaçaram a Federação Russa? (...) Havia pequenos banderovitas? As mulheres grávidas iam atirar em Rostov? Alguém na maternidade humilhou os falantes de russo? Ou foi a desnazificação de um hospital?", acrescentou, segundo o jornal britânico The Guardian .
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Hoje, porém, a Rússia se manifestou sobre a acusação de ser responsável pelo bombardeio, dizendo ser uma "fake news", uma vez que, segundo os russos, o prédio era uma antiga maternidade que havia sido tomada por tropas há muito tempo. "É assim que nascem as notícias falsas", disse Dmitry Polyanskiy, primeiro vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, no Twitter .
Polyanskiy disse que a Rússia havia alertado em 7 de março que o hospital havia sido transformado em um objeto militar no qual os ucranianos estavam atirando.
O conflito já entra no 15º dia e, nessa quinta, os ministros das Relações Exteriores dos dois países se reuniram em Antália, na Turquia. O encontro, no entanto, terminou sem avanços.