Em entrevista coletiva hoje (9), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakhorava, disse que os Estados Unidos estocam "componentes de armas biológicas" na Ucrânia . De acordo com Zakhorava, ela teria visto documentos que comprovariam que os americanos realizam programas biológicos em território ucraniano.
Ao decorrer do pronunciamento, ela cobrou que os EUA revelem mais detalhes sobre os supostos programas biológicos. Alguns dias antes, o major-general russo, Igor Konashenkov, fez uma acusação parecida e disse que doenças estavam sendo desenvolvidas pelos Estados Unidos para uso em uma guerra biológica.
Zakhorava também comentou sobre o avanço das negociações com a Ucrânia e disse que "será melhor se conseguirmos resultados por meio de negociações pacíficas". Ela acrescentou que o Kremlin "espera por passos mais significativos na próxima rodada de negociações" e pediu que a Ucrânia faça o possível para garantir a passagem segura de civis por corredores humanitários.
"Infelizmente, na prática, os acordos muitas vezes não são respeitados. Apelamos ao lado ucraniano para fazer todo o possível para garantir a passagem segura de civis e esperamos que um passo mais significativo seja dado nas próximas rodadas de negociações", afirmou. Ainda de acordo com a porta-voz russa, cerca de 2 milhões de pessoas pediram para serem evacuados para a Rússia.
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Zelensky acusa Rússia
Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um pronunciamento divulgado hoje mais cedo nas redes sociais, acusou a Rússia de tortura por ataques aos corredores humanitários.
"Os invasores atiram em rotas de evacuação. Eles bloqueiam a entrega de equipamentos essenciais e medicamentos ao povo. O que eles querem? Que os ucranianos tirem das mãos dos invasores. Isso é tortura deliberada e sistemática, organizada pelo Estado. É cruel com todos os cidadãos", afirmou.
No entanto, apesar da acusação, ele garantiu que as cidades ucranianas atacadas continuarão recebendo mantimentos. "Os carregamentos continuarão chegando. Não importa quantas balas os parem. Corredores humanitários ainda vão funcionar", disse.
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