Nicolás Maduro, presidente da Venezuela
Reprodução/Twitter/NicolasMaduro
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai retomar o processo de diálogo com a oposição política do país iniciado no ano passado no México com a intermediação da Noruega.

As conversas foram suspensas em outubro do ano passado por conta do protesto de Caracas pela extradição do empresário e enviado especial do governo Alex Saab da Colômbia para os Estados Unidos. Um memorando de entendimento entre as partes até chegou a ser firmado, mas tudo ficou suspenso desde então.

A retomada ocorre em um momento que Washington se reaproxima de Maduro por conta da invasão da Rússia na Ucrânia e, um dos efeitos colaterais, é o fornecimento de petróleo para o país.

Segundo diversas matérias com fontes do governo norte-americano, há a possibilidade de redução dos embargos e punições aos venezuelanos para que o país volte a fornecer o combustível fóssil neste momento.

"Se nós estamos pedindo o diálogo [entre Ucrânia e Rússia] por um grave problema que está acontecendo no mundo, nós precisamos dar o exemplo. Estamos começando um caminho de diálogo mais inclusivo, mais completo e mais amplo, que seja para todos os venezuelanos que querem fazer o nosso país avançar e que dê todas as garantias políticas também para futuros processos de diálogo que teremos nos próximos anos", disse Maduro em pronunciamento na televisão.

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O mandatário ainda confirmou que recebeu uma delegação norte-americana em Caracas sem dar detalhes mais profundos das conversas, mas que elas foram "respeitosas, cordiais e muito diplomáticas".

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Maduro, que tem a Rússia como principal aliado, ainda anunciou que o seu governo tem a intenção de adotar medidas diplomáticas para o conflito no leste europeu.

"Nós decidimos ativar uma ação, de maneira discreta, influente e moral, para que diversos cenários do mundo possam ser trabalhados para verdadeiros acordos de paz e para reduzir o conflito armado na Ucrânia", acrescentou.

Conforme o mandatário, análises políticas e militares venezuelanas fazem com que o governo "deseje a paz" porque "estamos seriamente preocupados com a possibilidade de uma guerra na Europa e de uma extensão do confronto armado para outras regiões do mundo".

"Estamos em um momento muito perigoso e o alto comando político e militar da Venezuela decidiu aumentar o som do alerta aos povos e aos líderes do mundo para buscarem a paz e buscarem condições que permitam acordos verdadeiros. Desejamos que o conflito militar não se intensifique, que os corredores humanitários sejam respeitados para proteger a população civil e que antes ou depois se chegue a uma redução de tensões", afirmou ainda.

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