O embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho
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O embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho

O Brasil marcou posição contrária a Guerra na Ucrânia durante o sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA). O embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho afirmou qu e a negociação no país invadido pela Rússia tem que ser "a favor da paz" .

Ele pediu que Ucrânia e Rússia facilitem a saída de todas as pessoas que assim desejarem do território ucraniano, e criticou o fornecimento de armas e sanções coletivas para resolver o conflito.

"O Brasil reitera seu pedido por um cessar-fogo imediato na Ucrânia, e o respeito da Lei Humanitária Internacional. Pedimos que os atores envolvidos revejam suas decisões sobre suprimentos de armas e uso de armas cibernéticas, e também sanções que podem prejudicar economia e segurança alimentar. Nesse momento, precisamos de soluções construtivas, não apenas ações que vão prolongar as hostilidades e espalhar o conflito, com efeitos na economia mundial", afirmou o chanceler.

"O Brasil expressa sua gratidão à Polônia, Eslováquia, Hungria, Moldávia, Romênia e outros que estão facilitando a saída de pessoas que fogem do conflito, incluindo brasileiros e latino-americanos".


Costa Filho apelou para que a comunidade internacional "faça o que for preciso antes que seja tarde demais".

"Estamos testemunhando uma sucessão de ofensas, que se não forem contidas, podem levar a um confronto maior. Todo mundo vai sofrer, não apenas que estão lutando. Estamos testemunhando um jogo de forças. Nos últimos anos, vimos a deterioração progressiva da situação de segurança e do equilíbrio de poder no leste da Europa. O abandono do Acordo de Minsk por todas as partes, e o fato de a Rússia não dar ouvidos para as nossas preocupações prepararam o terreno para a crise que vivemos agora. Vou ser claro: a situação, de forma nenhuma, justifica o uso da força contra a integridade territorial e a soberania de nenhum estado integrante da ONU. É contra as normas mais básicas, os princípios, que todos nós defendemos. Senhor, presidente, é de interesse coletivo fazer, de forma conjunta, tudo que pudermos para parar essas ações antes que seja tarde demais", completou.

A posição foi a mesma adotada pelo país na última sexta-feira (25), durante reunião do Conselho de Segurança da ONU. Na votação, a Rússia foi a única dos 15 membros a se colocar contra a resolução que condenaria a invasão, e a medida foi vetada, pois o país é um membro permanente. China, Emirados Árabes e Índia se abstiveram.

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