O governo da Ucrânia solicitou nesta quarta-feira que cidadãos não visitem a Rússia e alertou que ucranianos que já estão no país vizinho devem sair imediatamente. Em comunicado, o ministério das Relações Exteriores afirmou que ignorar essas recomendações "complicará significativamente" a proteção adequada de ucranianos em território russo.
"Com a intensificação da agressão russa contra a Ucrânia, que, entre outras coisas, pode levar a restrições significativas à prestação de assistência consular na Federação Russa, o Ministério das Relações Exteriores recomenda que os cidadãos ucranianos se abstenham de quaisquer viagens à Federação Russa. Quem está neste país deve deixar o território imediatamente", informa o comunicado.
Países como Portugal, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Iraque, Kuwait e Itália já pediram aos seus cidadãos que deixem a região onde um conflito parece iminente.
No Twitter, o ministro Dmytro Kuleba pediu que o Ocidente imponha sanções mais duras contra o governo de Vladimir Putin.
"Para impedir Putin de mais agressões, pedimos aos parceiros que imponham mais sanções à Rússia agora. Os primeiros passos decisivos foram dados ontem, e estamos gratos por eles. Agora a pressão precisa aumentar para parar Putin. Ataquem sua economia e comparsas. Ataquem mais. Ataquem forte. Ataquem agora", escreveu.
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Reservistas são recrutados
Nesta quarta, as Forças Armadas da Ucrânia informaram em comunicado que começaram a recrutar reservistas com idades entre 18 e 60 anos após um decreto do presidente Volodymyr Zelenskiy. O período máximo de serviço no país é de um ano.
Zelenskiy disse na terça-feira que daria início a medida, mas descartou uma mobilização geral após a Rússia anunciar que está enviando tropas para o leste do território ucraniano.
Soldado morto em bombardeio
Um soldado foi morto e seis ficaram feridos após bombardeios por separatistas pró-Rússia, no leste da Ucrânia, nas últimas 24 horas. Conforme militares ucranianos, as violações do cessar-fogo continuam em alto nível.
A Ucrânia acusou a Rússia de provocar violência, usando isso como pretexto para reconhecer formalmente o leste do país como independente e transferir tropas russas para a região, precipitando uma crise que o Ocidente teme que possa desencadear uma grande guerra.