Boris Johnson
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Boris Johnson

Nesta terça-feira (22), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que vai impor sanções a cinco bancos russos com operações no Reino Unido e a três executivos de alto padrão.

A decisão ocorre um dia após o presidente Vladimir Putin informar que vai reconhecer a independência das autoproclamadas repúblicas de Luhansk e Donetsk, no Leste da Ucrânia, além de enviar tropas militares à região .

"O Reino Unido está sancionando os seguintes bancos: Rossiya, IS Bank, General Bank, Promsvyazbank e o Black Sea Bank, assim como três indivíduos", disse Johnson ao Parlamento.

De acordo com o premiê, agora é o momento de se "preparar" para os possíveis próximos passos de Putin com a Ucrânia. "A Câmara não deve ter dúvidas de que o desdobramento dessas forças no território soberano ucraniano representa uma nova invasão daquele país", disse ele em discurso.

Johnson afirmou que espera que os países aliados do Ocidente também imponham sanções financeiras à Rússia com o objetivo de impedir que as empresas do país consigam levantar fundos no mercado britânico e mundial.

"Queremos impedir que as empresas russas consigam levantar fundos em libras esterlinas ou mesmo em dólares. Queremos que parem de levantar fundos nos mercados do Reino Unido e queremos tirar o véu que esconde a propriedade das empresas deste país", acrescentou.

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Após as decisões do presidente russo, o Reino Unido e outras nações começaram a anunciar bloqueios econômicos ao país. Nessa segunda (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva com sanções financeiras a Donetsk e Luhanks . Na Itália,  diversos políticos também se manifestaram a favor da penalidade após o discurso de Putin.

Hoje, após o anúncio que impactou o mundo e fez crescer a tensão de uma possível invasão ao território ucraniano, o governo russo disse estar "pronto para negociar" e que vai se reunir com autoridades dos Estados Unidos para discutir a crise .

Em reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta terça, a  ONU pontuou que o risco de um "grande conflito" no país é real.

"As próximas horas e dias serão críticos. O risco de um grande conflito é real e deve ser prevenido a todos os custos. Há o pleno empenho do secretário-geral para trabalhar para uma solução diplomática da crise atual", disse a subsecretária de Assuntos Políticos, Rosemary Dicarlo.

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