Nesta quarta-feira (19), o primeiro-ministro do Talibã, Mohammad Hasan Akhund, pediu que os países muçulmanos reconheçam oficialmente o governo do grupo no Afeganistão. Até o momento, o governo talibã — que tomou o poder em agosto de 2021 — não recebeu reconhecimento de nenhum país.
O ocidente ainda aguarda o posicionamento do grupo fundamentalista islâmico em relação a diversas questões, para analisar se haverá abusos dos direitos humanos, como na primeira passagem que tiveram no país , entre 1996 e 2001.
O país, no entanto, precisa de ajuda internacional para evitar um colapso econômico, uma vez que as nações ocidentais decidiram congelar auxílios após a tomada do Talibã.
"Peço aos países muçulmanos que tomem a dianteira e nos reconheçam oficialmente. Depois, espero que possamos nos desenvolver rapidamente", afirmou Mohammad Hasan Akhund durante uma conferência em Cabul, capital do Afeganistão, para discutir a crise econômica do país.
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"Não queremos (a ajuda) para as autoridades. Queremos para o nosso povo", continuou, dizendo que os talibãs reuniram condições para restaurar a paz e a segurança no território.
A comunidade internacional, agora, busca maneiras de enviar ajuda ao país para evitar a crise humanitária, mas sem apoiar o regime instaurado.
Dessa vez, o Talibã assumiu um discurso moderado para a comunidade internacional , com promessas de que não haveria vingança para quem trabalhou com o antigo governo ou com forças estrangeiras. Ainda assim, o comportamento da população foi imediatamente impactado. Ruas ficaram vazias, comércios foram fechados e homens e mulheres voltaram a usar vestimentas afegãs tradicionais.