O Talibã retomou o poder no Afeganistão no último domingo (15), vinte anos após ser deposto por uma coalizão liderada pelos EUA . Com a chegada dos extremistas, milhares de pessoas estão correndo para o aeroporto de Cabul, capital do país, em busca de fugir do país. Moradores temem ataques de vingança do grupo.
De acordo com o Daily mail, pelo menos 56 mil pessoas já tentaram fugir do país, incluindo cerca de 22.000 com vistos especiais de imigrante dos EUA, 4.000 cidadãos britânicos, 10.000 refugiados alemãos e 20.000 com destino ao Canadá.
Ontem, em meio à evaquação, pessoas se agarraram à lateral de um avião militar enquanto ele decolava. Algumas caíram da aeronave, conforme foi registrado em um vídeo que circula na internet (veja neste link) . Pelo menos sete pessoas morreram.
Pelo menos 12 voos militares partiram de Cabul
A Grã Bretanha já encheu três voos militares com foragidos do Afeganistão até o momento, com a expectativa de transportar cerca de 7 mil pessoas.
Os EUA têm permissão para emitir até 80 mil vistos especiais de imigrantes para os oficiais que ajudaram em suas operações de combate no país. Destes, 7,5 mil, que atualmente guardam o aeroporto, sendo 6.000 americanos e um número menor de britânicos, turcos e australianos, também precisarão partir.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu uma reunião virtual entre os líderes do G7 'nos próximos dias' para tratar sobre o tema. O ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, afirmou que o Reino Unido deve trabalhar com parceiros "desafiadores" ao lidar com o Talibã.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rejeitou receber a culpa pelo retorno dos extremistas ao comando do país. Ele, porém, reconheceu que o retorno do Taleban se deu antes do esperado pelo Pentágono e classificou a situação como "angustiante".
O Taleban promete um retorno mais 'moderado' desta vez. O grupo alega querer formar um 'governo islâmico inclusivo' com outras facções.