Na Argentina, os efeitos da forte onda de calor que atinge o continente nesta semana começaram a surgir. Ao menos cinco províncias estão sob alerta vermelho por conta das temperaturas extremas previstas para esta quarta-feira (12): Catamarca, La Rioja, San Juan, Mendoza e La Pampa.
Algumas regiões da terra dos hermanos chegaram a 44ºC, colocando o país como o lugar mais quente do planeta nos últimos dias e sobrecarregando os sistemas elétricos. É o mesmo evento climático que ameaça elevar as temperaturas do Rio Grande do Sul ao marco de 50º.
Nesta terça-feira (11), a capital Buenos Aires sofreu uma grande queda de energia, que deixou milhares de casas sem eletricidade. De acordo com a Agência Brasil, as distribuidoras Edenor e Edesur atribuíram o episódio às altas temperaturas, que geraram aumento na demanda para resfriar casas e empresas.
Segundo comunicado da Entidade Nacional de Regulação da Eletricidade (ENRE), o corte de energia da Edenor afetou 700 mil clientes na área de Buenos Aires e cerca de 43 mil clientes da Edesur também ficaram sem energia.
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A empresa fornecedora de água potável na região, a AySA, fez um apelo à população e pediu a economia de água, pois a interrupção também afetou o sistema de purificação da companhia.
De acordo com o MetSul, ontem foi o segundo dia mais quente da história da cidade de Buenos Aires, com 41,1ºC, valor que supera o registro de 40,5ºC de 1995.
O recorde de temperatura na Argentina é de 1957, quando os termômetros marcaram 43,3ºC. O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) do país afirma que as altas temperaturas devem continuar ao longo da semana e faz um alerta de que o calor extremo pode ser perigoso para a saúde, sobretudo para grupos de risco.