O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, deve adotar um discurso mais direcionado e apontar para o antecessor, Donald Trump, como o principal responsável pela invasão ao Capitólio, no dia 6 de janeiro de 2021.
Durante o primeiro ano de governo, Biden optou por ignorar Trump, que ainda se nega a admitir a derrota nas eleições de 2020. O ex-presidente ainda insiste no discurso de que houve algum tipo de fraude e que ele deveria ter sido o vencedor.
Segundo a secretária de imprensa do democrata, Jen Psaki, no discurso desta quinta-feira (6), no Capitólio, Biden vai anunciar firmemente a responsabilidade do antecessor no ataque ao Capitólio, que foi considerado um dos maiores ataques à democracia americana na história.
"O presidente Biden tem sido claro sobre a ameaça que o ex-presidente representa para a democracia americana", afirmou.
E completou: Biden "vê o 6 de janeiro como uma trágica culminação do que quatro anos da presidência de Trump fizeram como este país (...) Ele denunciará energicamente a mentira propagada pelo ex-presidente'', completou.
De acordo uma pesquisa publicada, nesta quarta-feira (5), pelo site Axios, cerca de 57% dos americanos consideram que o ocorrido em 6 de janeiro de 2021 poderia se repetir nos próximos anos.
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O ex-presidente decidiu cancelar a entrevista coletiva que estava prevista para esta quinta, na Flórida, considerada uma provocação pelos democratas.
Mesmo com o recuo, Trump ainda mantém uma postura agressiva quanto ao último pleito eleitoral, que deu a vitória a Biden. Em um comunicado publicado na terça-feira (4), Trump classificou novamente a eleição de "fraude", mas sem apresentar provas.