Míssil norte-coreano
Reprodução/Twitter
Míssil norte-coreano

O governo da Coreia do Norte lançou, na manhã de quarta-feira (noite de terça-feira no Brasil) o que é apontado por serviços de inteligência como um novo míssil balístico , no primeiro teste do tipo desde outubro. O lançamento ocorreu horas antes da inauguração das obras de uma ferrovia entre as duas Coreias, e em meio a uma iniciativa do presidente Moon Jae-in de obter ganhos diplomáticos com Pyongyang antes de deixar o poder.

Ainda sem confirmações por parte da Coreia do Norte sobre o lançamento, o primeiro alerta foi feito pela Guarda Costeira do Japão: em comunicado, o órgão afirmou que o suposto míssil balístico percorreu 500 quilômetros, passando por áreas habitadas, até cair na costa do Mar do Japão.

Horas depois, o Estado-Maior sul-coreano declarou que o míssil, ainda não identificado, foi lançado da província de Jagang, perto da fronteira com a China — este é o local onde foi testado um míssil hipersônico em setembro do ano passado, o Hwasong-8.

“O primeiro teste de um Hwasong-8, em setembro, certamente não foi bem sucedido (e único em relação aos sistemas testados em setembro e outubro de 2021) então faria sentido se eles fizessem mais uma tentativa (de lançamento)”, apontou, no Twitter, Ankit Panda, pesquisador do Centro Carnegie para a Paz Internacional.

No fim do ano passado, o regime norte-coreano declarou que era necessário “reforçar a segurança nacional”, sem dar detalhes. Apesar de não realizar lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais ou realizar testes nucleares desde 2017, a Coreia do Norte vem desenvolvendo um arsenal de curto e médio alcance, inclusive lançados a partir de submarinos.

Resoluções do Conselho de Segurança da ONU vetam expressamente tais testes e o desenvolvimento de mísseis balísticos, e as condenações internacionais não demoraram. O Departamento de Estado dos EUA condenou o lançamento, e disse que a Coreia do Norte representa um risco aos vizinhos. O Japão disse ser “lamentável” a série de lançamentos vista dos meses, enquanto a China — que no mês que vem recebe os Jogos Olímpicos de Inverno — pediu a todos que não descartem os “avanços diplomáticos” obtidos até agora.

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