A Defesa Civil da Sicília confirmou na manhã deste domingo (12) que três corpos foram retirados dos escombros do prédio de quatro andares que desabou no fim da noite deste sábado (11) em Ravanusa. Ainda há seis pessoas desaparecidas.
As autoridades chegaram a falar em quatro vítimas, mas voltaram atrás pouco depois. Também negaram as informações preliminares de que haveria crianças entre os desaparecidos.
Dos escombros, duas pessoas foram retiradas com vida durante os trabalhos dos bombeiros da região. E, segundo alguns profissionais, ainda é possível ouvir a voz de uma pessoa no local.
No prédio que desabou, oito das pessoas envolvidas na tragédia eram de uma mesma família. No primeiro andar, vivia a idosa Rosa Carmina, retirada com vida dos escombros. No segundo, morava sua cunhada, Giuseppa Montana, que também sobreviveu.
No terceiro, quatro familiares: Angelo Carmina, que segue desaparecido, sua esposa, Enza Zagarrio, uma das vítimas. A nora Selene Pagliarello, grávida de oito meses, e seu marido, Giuseppe Carmina, filho de Angelo e Enza, estavam no prédio para visitar os parentes, segundo informou um representante da Prefeitura e seguem desaparecidos.
Também foram identificadas as outras duas vítimas: Pietro Carmina, que não teve o andar que morava informado, assim como Liliana Minacori.
"O compromisso dos bombeiros não para e não vai parar até conseguirmos retirar as pessoas vivas dos escombros", disse o chefe nacional da corporação, Guido Parisi, que chegou a Ravanusa na manhã deste domingo. O líder ainda afirmou que há cerca de 100 profissionais trabalhando no local.
Também foi para a pequena cidade o sul da Itália o chefe nacional da Defesa Civil, Fabrizio Curcio, que garantiu que "ninguém ficará desamparado" e que o premiê, Mario Draghi, está sendo informado de tudo que ocorre na situação.
Após dizer que a tragédia ocorreu pela explosão de um botijão de gás, agora os bombeiros e a Defesa Civil informaram que está sendo investigado se havia uma tubulação de gás no local. Isso porque a intensidade da destruição é muito grande. Conforme as autoridades, a área atingida tem cerca de 10 mil quilômetros quadrados.
A Procuradoria Geral da Sicília já abriu uma investigação por homicídio culposo sem autor conhecido e os técnicos da Italgas estão no local para fazer uma análise técnica.
Enquanto a Defesa Civil diz que "certamente" houve um grande acúmulo de gás na área, a empresa comunicou que, há poucos dias, o local havia sido vistoriado e "não foi verificado nenhum vazamento" na área.