Pelo menos nove pessoas encapuzadas jogaram bombas de coquetel molotov na entrada principal do edifício que abriga o Grupo Clarín, dono de um dos maiores jornais da Argentina, nesta segunda-feira (23). O ataque, já sob investigação do juizado federal, foi classificado como uma "intimidação pública" pelo juiz Luis Rodriguez.
Como relatado pelo próprio Clarín em seu portal, a equipe de segurança da empresa aponta que o grupo criminoso chegou ao local, na rua Piedras, às 23h05. Imagens das câmeras de segurança mostram os criminosos acendendo garrafas com combustível e um pavio de pano - eles jogaram entre sete e oito bombas, segundo o jornal.
Os dispositivos atingiram o pavimento e o hall de entrada, o que causou um princípio de incêndio. Mas ninguém ficou ferido.
Com o caso já a cargo das autoridades competentes, o jornal apurou com fontes judiciais que os agentes identificaram uma impressão digital em uma das garrafas que não explodiu. O material está sendo analisado pela Polícia Federal Argentina (PFA).
De antemão, essas fontes adiantaram que os investigadores consideraram as imagens "muito escuras". Por conta disso, eles vão acionar a Unidade Antiterrorismo e solicitar ao governo da cidade as câmeras localizadas na área "para analisar os movimentos para trás e para frente a fim de encontrar os atacantes". Não foram divulgados suspeitos até o momento.
Em comunicado, o Grupo Clarín disse lamentar e condenar o ato "que à primeira vista aparece como uma expressão violenta de intolerância contra um meio de comunicação".