Os membros do governo Talibã afirma que, em breve, as mulheres voltarão às escolas no Afeganistão. Em entrevista à Reuters, Waheedullah Hashimi, Diretor de Programas Externos do Ministério da Educação, afirmou que o país precisa de ajuda da comunidade internacional para a viabilidade do processos, já que a maior parte da ajuda externa enviada foi paralisada após a tomada do país.
Desde que assumiu o país, em agosto, o Talibã enfrenta a questão dos direitos das mulheres. Organizações de todo mundo pedem provas de que elas estão sendo respeitadas, antes de que o governo seja reconhecido globalmente.
Os meninos puderam voltar às salas de aula em setembro, mas a orientação para as mulheres era de que esperassem e permanecessem em casa. "Teremos um bom anúncio para todo o país, para toda a nação", disse Hashimi.
No primeiro governo do Talibã, entre 1993 e 2001, as mulheres eram proibidas de frequentar escolas e trabalhar no Afeganistão. Hashimi garantiu, porém, que o grupo está trabalhando para que elas possam voltar a estudar e que nenhuma professora foi demitida.
"É uma mensagem positiva para o mundo de que estamos trabalhando em um mecanismo. Não estamos trabalhando para excluí-las de nossas escolas e universidades", disse.
Ele reiterou que, para isso, o país precisa de ajuda internacional. "Se eles realmente querem ver as meninas nas escolas, devem nos ajudar agora". O sistema de ensino prometido pelo Talibã deverá ser baseado no que os líderes acadêmicos do grupo aprovam.
"Queremos educar, e iremos educar, nossas mulheres e homens - meninos e meninas".