OMS divulga plano mundial para superar ápice da pandemia e pede apoio ao Brasil
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OMS divulga plano mundial para superar ápice da pandemia e pede apoio ao Brasil

Nesta quinta (07), a  Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizaram um plano mundial de vacinação para superar o ápice da pandemia do novo coronavírus até o fim de 2021. O problema, porém, está a distribuição dos imunizantes a países menos favorecidos. As informações são do jornalista Jamil Chade.

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ressaltou que o mundo está "à beira do precipício do fracasso" se não houver uma distribuição isonômica aos países. "Não há um problema de fornecimento. Mas de distribuição", explica. "Temos doses suficientes, se elas forem distribuídas."

Bruce Aylward, representante da agência, pediu ao Brasil e aos países do G20 para que ajudem os demais países do planeta a garantir suas doses através da suspensão das patentes. Europeus e outros locais no mundo caminham no sentido oposto a um acordo de compartilhamento de tecnologia para produções locais do imunizante.

Segundo a proposta do órgão, a primeira etapa refere-se ao período até o fim do ano. Nele, cada país poderá atingir 40% da sua população vacinada. A segunda etapa teria uma duração semestral e iria até o fim de junho de 2022. Nesse período, os países estariam com 70% da sua população imunizada.

Para por o plano em prática, a organização não governamental pede a transferência das tecnologias vacinais e uma doação de US$ 8 bilhões. Isso porque, segundo membros da entidade, não há problemas constatados na produção das vacinas, mas sim na sua alta concentração em uma quantidade pequena de países ao redor do mundo.


Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, classifica como "imoral e estúpida" a distribuição desigual das doses. A tese do executivo é de que populações não vacinadas podem desenvolver variantes que, eventualmente, terão resistência à imunização vacinal. Com isso, países que gastaram bilhões de dólares voltarão a estar vulneráveis a novos picos da doença e eventuais novos lockdowns.

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