O Haiti foi atingido, na noite de segunda-feira (16), pelo ciclone tropical Grace, apenas dois dias depois de um forte terremoto que deixou ao menos 1.419 mortos, 6.000 feridos e milhares de pessoas desabrigadas no país.
O ciclone levou fortes chuvas e rajadas de vento de até 75 km/h. A região sudoeste do país, a que mais sofreu com o terremoto, foi justamente a mais atingida pelo ciclone Grace.
Problemas de resgate
O número de pessoas mortas pelo terremoto deve aumentar. Isso porque a chegada das chuva e dos ventos do ciclone dificultam as buscas pelas vítimas. Com o terremoto, foram destruídas cerca de 37,3 mil casas, e as equipes de resgate ainda não conseguiram fazer buscas por sobreviventes em muitas delas. Além disso, por conta do ciclone, as buscas tiveram que ser interrompidas por enquanto.
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o ciclone também deve passar pela Jamaica, Cuba e Ilhas Cayman, entre terça (17) e quarta-feira (18).
Histórico complicado
O terremoto deste último sábado (14) foi o terceiro grande desastre natural ocorrido no Haiti em 11 anos. Em 2010, pelo menos 200 mil pessoas morreram e outras 300 mil ficaram feridas em um terremoto que devastou o país. Em 2016, um furacão, batizado Matthew, deixou centenas de pessoas mortas e dezenas de milhares desabrigadas no país.
Antes de 2010, os haitianos enfrentaram grandes tragédias com tremores de terra ocorridos em 1887, 1842, 1770 e 1751. O que explica esse histórico é um vasto sistema de falhas geológicas que resultam do movimento da placa caribenha e da placa norte-americana.