Dois astronautas chineses completaram neste domingo a primeira caminhada espacial fora da estação orbital de Tiangong. Segundo a Agência Espacial da China, a missão durou quase sete horas.
Durante a caminhada, televisionada pelo canal estatal, Liu Boming e Tang Hongbo testaram trajes espaciais de última geração, instalaram equipamentos a serem usados em missões futuras e realizaram uma série de tarefas técnicas. Uma das tarefas consistia em verificar a capacidade de movimentação de um braço robótico que servirá para transferir módulos ao redor da estação.
"O retorno a salvo dos astronautas Liu Boming e Tang Hongbo ao módulo central Tianhe marca o completo sucesso da primeira caminhada da estação espacial do nosso país", disse a agência espacial em nota.
No mês passado, três astronautas embarcaram rumo à estação espacial onde permanecerão três meses. Esta é a mais longa missão tripulada da China. Um dos integrantes do grupo, o comandante Nie Haisheng, permaneceu no interior do módulo para prestar suporte à expedição.
Os astronautas também foram foram assistidos por um braço robótico de 15 metros da estação espacial. Segundo a agência espacial trata-se do sistema de construção orbital "mais inteligente e complicado". O equipamento foi projetado para ajudar os astronautas a se moverem pelo espaço e economizar energia. Sua capacidade máxima é de 25 toneladas.
Esta foi a primeira caminhada espacial chinesa desde 2008. Na ocasião, a China se tornou o terceiro país a completar uma caminhada no espaço depois da União Soviética e dos Estados Unidos. A atual missão também é a primeira tripulada em quase cinco anos e acontece em meio às comemorações do centenário do Partido Comunista.
A previsão é de que próximos meses a estação espacial ganhe mais módulos, carga e tripulação. Também existe a expectativa para uma nova caminhada espacial em breve.
A missão é o último estágio dos ambiciosos planos da China de ser o único país a possuir e administrar sua própria estação espacial, a fim de rivalizar com a Estação Espacial Internacional, que é apoiada pelos Estados Unidos, Rússia, Europa, Canadá e Japão.