Enquanto Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ocupou uma cadeira de deputado estadual na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz - seu então assessor - o auxiliava nas 'rachadinhas' - desvio de dinheiro público . Porém, áudios revelados pelo portal Uol indicam que um coronel da reserva do Exército, chamado de Guilherme Hudson, também estaria envolvido no esquema.
O militar é tio de Ana Cristina Valle, segunda esposa de Jair Bolsonaro, e de Andrea - que repassa as informações em gravação. "O tio Hudson também já tirou o corpo fora, porque quem pegava a bolada era ele. Quem me levava e buscava no banco era ele".
Ainda na mesma conversa, Andrea
revela que "não é pouca coisa que eu sei não. É muita coisa que eu posso ferrar a vida do Flávio, ferrar a vida do Jair, posso ferrar a vida da Cristina. Entendeu? É por isso que eles têm medo aí e manda eu ficar quietinha. Não sei o que, tal. Entendeu? É esse negócio aí".
Luciana Pires, Rodrigo Roca e Juliana Bierrenbach - advogados que representam Flávio Bolsonaro - se posicionaram ao alegar que "gravações clandestinas, feitas sem autorização da Justiça e nas quais é impossível identificar os interlocutores não é um expediente compatível com democracias saudáveis".
A defesa do senador argumenta que Andrea Siqueira Valle trabalhou na Alerj e cumpria sua jornada dentro das regras definidas pela Assembleia. Flávio Bolsonaro, nas suas atividades parlamentares, não tinha como função fiscalizar e orientar a forma como a servidora usufruía do seu salário".